Em muitas músicas de nosso repertório, bem como no repertório de todos os cristãos - desde a antiguidade! - uma palavra específica ressoa com considerável frequência: ALELUIA. Exclamamos “aleluia” inclusive em uma canção que ensaiamos e apresentamos neste mês de agosto:
Mil graças renderei a ti, meu Senhor,
de todas as tuas maravilhas cantarei
e louvarei teu nome.
Mil graças renderei a ti, meu Senhor.
Exultarei o teu nome louvarei: Aleluia!
Exultarei o teu nome louvarei: Aleluia!
Afinal, essa palavra faz parte do vocabulário do Português? Sim. Ou melhor, não. Quero dizer, depende... Ela faz parte porque é usada com frequência pelos falantes de nossa língua, inclusive fora de contextos cúlticos. Mas trata-se, na verdade, de uma expressão hebraica formada por duas palavras: halelu ya. A primeira é um imperativo de segunda pessoa do plural do verbo halal (no piel – completo a informação supondo um possível leitor hebraísta minimamente exigente), cujo sentido é louvar. A segunda palavra, ya, é um nome próprio utilizado para se designar Deus. Ou, para ser mais preciso, ya parece ser uma forma abreviada e poética do nome impronunciável de Deus, expresso graficamente pelo tetragrama YHWH. A expressão alelu ya poderia ser traduzida, então, por algo como “louvai a YHWH”, ou “louvai a Deus”, mas com a certeza de que se louvará a esse Deus específico, o único verdadeiro Deus, não a um dentre tantos outros embusteiros que estão sendo apregoados por aí.
Assim, dizer aleluia não é fazer uma exclamação de louvor simplesmente, mas um convite bem definido a todos os que escutam. Ao cantar aleluia, estamos convidando os demais a se unirem a nós no canto que entoamos ao Deus Eterno, aquele que conhecemos por meio de Jesus Cristo (Quem vê a mim, vê o Pai!) e pela ação do Espírito Santo em nós. Aleluia!
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