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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Natal da classe média e o Natal dos medíocres

Este será o Natal da classe média. É o que dizem os meios de comunicação. No último ano, segundo as estatísticas, uma parcela considerável da população ultrapassou o limiar e alcançou o status de “classe média”. O tal limiar é bem simples, nada mais que uma certa quantia em dinheiro (mil e poucos reais, se não me engano) que o cidadão deve receber mensalmente para ter o direito de estampar em sua testa: “Sou da classe média”. E assim, ele será disputado pelos vorazes varejistas e ajudará a sustentar a indústria de todo um país, a China.

Muitos se alegram com a possibilidade de comprar mais presentes, de viajar um pouco mais longe, de participar de um amigo oculto cujo limite vá além dos dez reais (pra mim isso ainda seria precipitado!), de fazer uma ceia com nozes de verdade. Agora sim, estão fazendo um Natal direito! Agora sim, entraram no jogo! Eis o novo Natal da nova classe média!

É esse o Natal dos medíocres que sugeri com o título deste texto? Será que estou chamando a classe média de medíocre? Não, não... Tem medíocre na classe A, na B, na C, na D e assim vai. A classe medíocre não se define pela renda mensal de seus integrantes. Não se define por algo que lhe chegue de fora, mas pelo que ela produz e demonstra com seus atos. Mas antes de delimitar espaço, vou trocar a palavra. “Medíocres” soa muito pejorativo. Melhor dizer “medianos”. Isso, falemos do Natal dos medianos.

Os medianos em que estou pensando são todos cristãos. Ora, os que não o são não entram nessa classificação pois só tem olhos para a outra, aquela medida pelo salário. É disso que eles entendem. Os medianos, por outro lado, entenderam alguma vez o que o nascimento de Cristo representa para suas vidas e para toda a Terra, mas têm uma capacidade impressionante de esquecer de sua importância. Eles sabem de cor algumas canções de Natal, mas não refletem sobre seu conteúdo. Sabem localizar as narrativas do nascimento de Jesus nos Evangelhos, mas não as leem com atenção mais. Até criticam os filmes dessa época, acusando erros pontuais na adaptação da história de Cristo, mas não se esforçam para fazer a adaptação mais importante: viver suas próprias vidas como testemunho da vinda do Messias. Acho que está ficando claro. São medianos porque sabem, entendem, e até demonstram que sabem e entendem, mas não (re)agem de acordo.

Os medianos, aos olhos de Paulo, se contentam com o leite, não passando ao alimento sólido. Os medianos de nosso tempo, poderíamos dizer, preferem um cristianismo “fast food” a um banquete com o anfitrião ressuscitado. Afinal, para que demorar? Estamos na correria! (E parece até pecado não estar “na correria” hoje em dia!) Carregamos nossas cruzes pequenas e douradas, cantamos no domingo e temos um Bíblia... sim... em algum lugar na estante... ou será na gaveta?

No fim das contas, talvez o crescimento da classe média seja melhor notícia que o crescimento da classe de cristãos medianos. Pelo menos tem mais gente podendo se alimentar melhor, sustentar o estudo dos filhos etc... Já no lado de cá, na Igreja de Cristo, tem muita gente feliz por estar na dos medianos. E tem poucos querendo dar um passo além e fazer de suas vidas um gesto condizente com sua fé.

É Natal! Tempo de comemorar a vinda do Senhor para nossa salvação! Trata-se de algo eterno, não de um presentinho que daqui a um ano está obsoleto... Muitos se esquecem, os medíocres se acomodam e tudo termina com um show de fogos que ofusca o brilho daquele que tira os pecados do mundo. Não, não seremos medíocres! Com nossas vozes contaremos essa história! O coral tem essa função neste tempo, e é o que vamos fazer!

(Texto do Cesar)

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